O que é uma contratura capsular e como tratar?

Ao pesquisar sobre cirurgia plástica de aumento das mamas ou  pelas próteses de silicone, você já deve ter encontrado o termo “Contratura Capsular”.

A formação da cápsula de tecido cicatricial em volta da prótese mamária faz parte do processo normal de cicatrização, o corpo identifica o corpo estranho e tenta isolá-lo, criando uma barreira de tecido em volta dele.

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Contudo, em alguns pacientes, essa cápsula se torna endurecida e começa a contrair ao redor da prótese. Isso pode ocasionar alterações estéticas e dores nas mamas.

A contratura capsular é a complicação mais comum na mamoplastia de aumento, com incidência variando entre 0,5 e 30%.

Assim como em toda intervenção cirúrgica, além da técnica cirúrgica e da capacidade do profissional envolvido, cada organismo possui características peculiares que interferem no sucesso de cada cirurgia.

Como identificar uma contratura?

De acordo com a pesquisa realizada pela “American Society Of Plastic Surgeons” (Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos), uma em cada seis pacientes podem apresentar algum grau de contratura capsular, de maior ou menor intensidade:

• 1º grau: Neste caso a contratura capsular é considerada assintomática. A formação de tecido cicatrical em torno do implante não interfere no tamanho, forma ou textura dos seios, mantendo aparência natural e suave ao toque.
• 2º grau: Nesta classe, a contratura capsular apresenta sintomas estéticos menores, no qual os seios possuem aparência normal, porém é possível sentí-los um pouco firmes e mais sensíveis ao toque.
• 3º grau: Neste ponto, a contratura capsular apresenta-se com sintomas mais evidentes, os seios tornam-se mais firmes ao toque e a forma toma uma aparência anormal (como assimetrias e deslocamentos). Pode haver dor.
• 4º grau: Como na contratura capsular de grau 3, nesta classe a contratura faz com que os seios fiquem bem mais firmes e deformados (caso grave), e as pacientes apresentam grande sensibilidade ao toque e dor.

Geralmente a contratura capsular ocorre durante o processo de cicatrização, 75% vai ocorrer até 2 anos da colocação da prótese mamária.

Às vezes a contratura capsular ocorre muitos anos após a colocação da prótese, mas isso é exceção. Nesse caso, rupturas nos implantes são apontadas como a causa mais comum de contratura capsular tardia.

O que provoca a contratura capsular?

A classe médica possui várias teorias sobre as razões que levam ao surgimento da contratura capsular, e é provável que as causas exatas dessa condição variem de paciente para paciente.

A contratura capsular não é prejudicial à saúde, salvo nos casos de ruptura em que pode ocasionar infecções.

Muitos especialistas consideram que a genética do paciente pode determinar ou não o desenvolvimento da contratura capsular. No entanto, alguns fatores de risco para o surgimento da condição são:

• Hematomas
• Próteses muito antigas
• Ruptura da prótese
• Contaminação do implante durante a cirurgia
• Doenças auto-imunes
• Idiopática (sem causa desconhecida)

Mesmo com os fatores de risco, é preciso entender que a contratura capsular tem tratamento, e não deve servir como um impedimento à cirurgia.

Como evitar e tratar a contratura capsular?

Existem algumas maneiras de reduzir o risco de desenvolver a contratura capsular, como:

• Triagem completa do paciente;
• Implante com tamanho adequado;
• Uso de implantes texturizados, ao invés de superfícies lisas;
• Implantação da prótese no plano submuscular (abaixo do musculo peitoral)
• Massagem nos seios durante processo de cicatrização.

Uma alternativa para o tratamento da contratura capsular para os graus 1 e 2, é através o tratamento clínico com a utilização de massagem específica, ultrassom ou medicação via oral, conforme a orientação do especialista.

Já para nos casos de contraturas 3 e 4 (mais graves), o tratamento é cirúrgico.

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