Parecer mais jovem do que realmente é pode ser uma consequência genética, diz estudo
A presença de determinados genes pode ser responsável por fazer mulheres parecem mais jovens do que sua idade cronológica
Você pode já ter reparado que a pele de algumas pessoas aparenta ser bem mais jovem do que sua idade cronológica, não é mesmo? Ou quem sabe, você é um desses indivíduos de sorte?!
O fato é que algumas pessoas realmente conseguem esse feito a partir de cremes, loções, e até procedimentos cirúrgicos, enquanto que outras são naturalmente assim. De acordo com a pesquisa publicada no periódico médico Journal of American Academy of Dermatology em 2017, o aumento da expressão de certos genes pode ser a chave para uma aparência mais jovem.
“Não se trata apenas dos genes com os quais você nasceu, mas também daqueles que são ativados e inativados com o tempo”, disse Alexa B. Kimball, médica dermatologista e presidente do departamento da Harvard Medical Faculty Physicians no hospital Beth Israel Deaconess Medical Center.
“Encontramos uma ampla gama de processos na pele afetada pelo envelhecimento, e descobrimos padrões específicos da expressão genética em mulheres que parecem mais jovens do que sua idade cronológica”.
Compreendendo o envelhecimento
Para compreender o processo de envelhecimento da pele, Kimball e seus colegas coletaram e integraram dados dos níveis moleculares, celulares e teciduais da pele exposta ao sol (face e antebraço), e da pele protegida do sol (nádegas). O material analisado partiu de 158 mulheres caucasianas com idades entre 20 e 74 anos. Como parte do estudo, a equipe buscou padrões genéticos comuns entre as mulheres que aparentavam ser mais jovens do que sua idade cronológica.
A aparência física da pele foi capturada através de imagens e análises digitais. Amostras de pele foram processadas para análise e amostras de saliva foram coletadas para a genotipagem.
As análises revelaram mudanças progressivas dos 20 aos 70 anos, em vias relacionadas ao estresse oxidativo, metabolismo energético, senescência (envelhecimento) e barreira cutânea. Essas mudanças foram mais aceleradas dos 60 aos 70 anos. A comparação entre as amostras de pele expostas ao sol e protegidas do sol revelou que certas alterações genéticas são provavelmente, ocasionadas pelo fotoenvelhecimento.
Os padrões genéticos das mulheres que pareciam mais jovens foram semelhantes aos de mulheres realmente mais jovens.
Essas mulheres tiveram maior atividade nos genes associados a processos biológicos básicos, incluindo reparo de DNA, replicação celular, resposta ao estresse oxidativo e metabolismo protéico. Mulheres com pele excepcionalmente jovem em grupos mais velhos também apresentaram maior expressão de genes associados à estrutura e metabolismo mitocondrial, estrutura epidérmica em geral, bem como produção de matriz dérmica.
Qual o impacto da descoberta?
Uma melhor compreensão dos genes associados à pele jovem pode indicar novas estratégias no combate ao envelhecimento da pele. Este trabalho também confirmou que a exposição ultravioleta (UV) é o principal acelerador do envelhecimento.
“Ficamos particularmente surpresos com a identificação de um grupo de mulheres que não apenas exibiam uma aparência de pele muito mais jovem do que seria esperado com base na idade cronológica, mas também apresentavam um perfil genético específico, imitando a biologia de uma pele muito mais jovem. Acreditamos que a pele delas parecia mais jovem porque se comportava como mais jovem “, observou Kimball.
“Melhorar nossa compreensão sobre quais escolhas e fatores levaram a esse perfil específico provavelmente será nosso maior interesse”.
Pesquisas como essas são importantes para que possamos compreender a magnitude de nosso organismo, e como cada estrutura de nosso corpo está conectada as outras desde nosso código genético.
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