TERMO DE CONSENTIMENTO ESCLARECIDO SOBRE GLUTEOPLASTIA

Baseado no termo de consentimento elaborado pela SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA PLÁSTICA

O conhecimento e o entendimento das informações abaixo mencionadas são muito importantes antes da realização de qualquer cirurgia plástica. Estas informações poderão servir como um MANUAL DE CABECEIRA”, caso você opte em ser operado, recordando-lhe as instruções fornecidas durante as consultas.

As propostas e cirurgias serão realizadas de acordo com os princípios éticos de respeito pelo ser humano e de minimização de resultados insatisfatórios, sempre dentro de uma conduta adequada e cientificamente aceita.

Existem alguns fatores na evolução da cirurgia que não dependem da atenção do cirurgião plástico, e, portanto, “não será possível garantir resultados”. Uma técnica apurada poderá colaborar no sentido de minimizar diversas situações desfavoráveis. A colaboração plena do paciente, através do seguimento das instruções dadas pelo cirurgião, no pré e pós-operatório também se reveste de grande importância.

É IMPORTANTE O ESCLARECIMENTO SOBRE OS SEGUINTES PONTOS:

  • As complicações, comuns a TODA e qualquer tipo de cirurgia, podem eventualmente ocorrer, apesar de todos os cuidados dispensados pela equipe cirúrgica e devem ser consideradas, como: alergias, complicações anestésicas, respiratórias e cardíacas.
  • Após a cirurgia, existirão cicatrizes, que serão permanentes. Todos os esforços serão feitos para torná-las o menos evidente possível. As cicatrizes são uma conseqüência da cirurgia, portanto, pondere quanto a conviver com elas após a cirurgia. A maioria das cicatrizes se apresentam maduras nos 12 primeiros meses, porém podem sofrer modificações em seu aspecto até mesmo após o 18º mês. A qualidade da cicatriz, depende primordialmente de fatores relacionados a própria paciente. Não sendo, portanto, possível prever a ocorrência de quelóides ou cicatrizes hipertróficas. Porém caso ocorra alguma destas alterações cicatriciais existem tratamentos para corrigir ou melhorar o aspecto estético das mesmas.
  • Deiscência de sutura (abertura de pontos) é uma complicação bastante comum e depende de vários fatores como: cicatriciais, hormonais, genéticos; e pode ser resolvida com paciência e um prazo maior, desde que se siga as instruções dadas. Pode ou não ser indicado um novo procedimento para correção da mesma.
  • Haverá edema (inchaço) na área operada e que permanecerá por meses.
  • Poderá haver alteração da pigmentação cutânea com aparecimento de manchas ou descoloração nas áreas operadas, que poderão permanecer por alguns dias, semanas, menos freqüentemente por meses e até mesmo permanentes. Porém caso ocorra alguma dessas alterações existem tratamentos para melhorar o aspecto estético das mesmas.
  • Poderá haver sangue ou secreções acumuladas nas áreas operadas, requerendo drenagem ou curativos cirúrgicos em uma ou mais oportunidades.
  • Poderá haver áreas de perda de sensibilidade nas partes operadas. Tais alterações poderão ser parciais ou totais por um período indeterminado de tempo.
  • Poderá haver dor ou prurido (coceira, ardor) no pós-operatório em maior ou menor grau de intensidade por um período de tempo indeterminado.
  • Assim como TODO e qualquer procedimento invasivo, poderão ocorrer infecções apesar de todos os cuidados da equipe, pois toda ferida cirúrgica serve como porta de entrada para microrganismos.
  • Poderá haver áreas de pele, em maior ou menor extensão, com perda de vitalidade biológica, por redução da circulação sanguínea, acarretando alterações, podendo levar a ulcerações e até necrose de pele, que serão reparáveis através de curativos ou até em novas cirurgias, objetivando resultado o mais próximo possível da normalidade.
  • Durante e após o ato cirúrgico pode ocorrer o entupimento dos vasos por coágulos sanguíneos e/ou gordura devido a vários fatores.
  • A retração da pele que o paciente apresentará, estão intimamente ligadas a fatores hereditários, genéticos e hormonais, que são característicos de cada indivíduo e influenciam no resultado final de uma cirurgia, sem que o cirurgião possa interferir.
  • Ocasionalmente, poderá haver transtornos do comportamento afetivo, em geral, na forma de ansiedade, depressão ou outros estados psicológicos mais complexos.
  • É certo que tabagismo, o uso de tóxicos, drogas e álcool são fatores que eventualmente não impedem a realização de cirurgias, mas podem determinar complicações pós-operatórias.
  • É sabido que durante o ato operatório existem aspectos que não podem ser previamente identificados e, por isso, eventualmente necessitarão de procedimentos adicionais ou diferentes daqueles inicialmente programados.
  • O bom resultado, embora almejado, não pode ser garantido em sua totalidade, devido à capacidade reacional individual ao ato cirúrgico propriamente dito e ao processo cicatricial. Desta forma, caso haja necessidade de cirurgia complementar, para melhorar o resultado obtido ou corrigir um eventual insucesso, está claro que os custos de materiais hospitalares e anestésicos não são de responsabilidade do cirurgião e sim do paciente, mesmo que o cirurgião e sua equipe, apesar de estarem autorizados a cobrar por tais procedimentos, optem por não estabelecer honorários profissionais.

RECOMENDAÇÕES PRÉ-OPERATÓRIAS:

  • Informe sobre uso de medicamentos. Lembre-se que vitaminas e SERVIÇOs ditos naturais também são considerados remédios e podem ser prejudiciais. O uso de medicações como antidepressivos tricíclicos, hipoglicemiantes orais, anti-inflamatórios, anticoagulantes, hormônios e drogas ilícitas devem ser comunicados, no pré-operatório, pois nestes casos serão necessárias condutas específicas, diferentes da rotina cirúrgica normal.
  • Interrompa o uso das seguintes substâncias
  • 30 dias antes:  Fumo
  • 15 dias antes: Ácido Acetil Salicílico (A.A.S., Aspirina, Doril, etc…)
  • Vitamina E
  • Fitoterápicos (Ginkgo Billoba, Ginseng, Comprimidos de Alho, Arnica, dentre outros)
  • Anfetaminas
  • 30 dias antes:  Hormônios (anticoncepcionais e reposição hormonal)
  • 1 dia antes: Hipoglicemiantes orais
  • Comunique qualquer anormalidade que eventualmente ocorra, quanto ao seu estado geral
  • Comunique seu medico em caso de uso de drogas ilícitas
  • Jejum – não coma nada. Não beba nem água no período estabelecido pelo médico.

RECOMENDAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS:

  • Levantar-se tantas vezes quanto lhe for recomendado por ocasião da alta hospitalar, porém lembre-se, obedecendo aos períodos de permanência sentado(a). Nos dois primeiros dias é recomendado que sempre que for levantar, por melhor que esteja se sentindo, tenha alguém por perto para acompanhá-lo(a).
  • A realização de drenagem linfática é recomendável no pós-operatório, ajudando bastante na sua recuperação. Em geral são recomendadas 20 sessões, com intervalo mínimo de 48 horas entre elas e o seu inicio é recomendado após o 10º dia.
  • Evite esforços, principalmente na 1ª semana. O que limitará os movimentos é a dor. Se determinado movimento estiver causando dor, não deverá ser realizado. Respeite os limites do seu corpo. Levante-se tantas vezes quanto lhe for recomendado por ocasião da alta.
  • Não fazer “dieta de emagrecimento” nos primeiros 15 dias. Pois seu organismo precisa recompor todas as reservas perdidas. A antecipação desta conduta por conta própria, poderá determinar consequências difíceis de serem sanadas.
  • Alimentação normal (salvo em casos especiais). Recomendamos alimentação hiperprotéica (carnes, ovos, leite), verduras (principalmente as verde-escuras, como espinafre, couve, brócolis, etc.), legumes e frutas. Não comer doces, gordura, frituras, etc., esses alimentos são muito calóricos e serão prejudiciais ao resultado final da cirurgia. É importante alimentar-se de forma correta e equilibrada!
  • Não se exponha ao sol ou iluminação fluorescente (bronzeamento artificial) enquanto apresentar equimoses (manchas roxas), pois elas podem se transformar em manchas, levando longos períodos para desaparecerem. Os roxos geralmente somem em torno de 4 a 6 semanas, porém este período é variável para cada pessoa.
  • As cicatrizes não podem apanhar sol direto por um período de 18 meses. Utilize bloqueadores solares, mesmo quando estiverem cobertas.
  • O retorno às atividades habituais e ao trabalho varia de acordo com a resistência de cada indivíduo, em média entre 15 e 30 dias. Exercícios físicos, mais leves, podem ser iniciados com 30 a 40 dias, de forma gradativa.
  • Obedeça à prescrição médica. Só utilize medicações prescritas pelo seu médico. Não fazer uso de medicamentos, pomadas, cremes ou massagens indicadas por vizinhos, amigos ou outras pessoas, por mais inofensivas que elas pareçam ser.
  • Retorne ao consultório para os curativos subsequentes e acompanhamento pós-cirúrgico, nos dias e horários estipulados.